É o primeiro vinho de mesa, e não, não se trata de um Porto , apesar que era por aí que alguns caminhos apontavam, quando se multiplicam os vinhos com 15% vol e se acrescentava que era assim no rótulo, porque na garrafa, a graduação era mais alta. É um estilo que nos chega do Novo Mundo, que a Velha Europa não está a conseguir contrariar, e que nos confronta com vinhos para os quais é cada vez mais difícil encontrar comida adequada.
O Bafarela Grande Escolha 2004 é produzido em Várzea dos Trevões, aldeia do concelho de S. João da Pesqueira, com “uvas criadas nas encostas expostas a sul do rio Torto – terroir eleito pelos grandes vinhos do Porto e pelas suas excepcionais condições de maturação”, explica o produtor. Trata-se da Casa Brites Aguiar, sociedade familiar de três irmãos. A exploração tem na vinha e no vinho o seu principal suporte económico, possuindo ainda 15 hectares de olival, sete de cerejal, quatro de souto e dois de nogal e floresta. O solo é xistoso, pobre, e o clima é quente e a chuva escassa. Há 45 hectares de vinha, instalados numa faixa de altitude entre os 230 e os 450 metros. As vinhas, com 20 anos de idade, têm as seguintes castas: 17 hectares de Touriga Franca, 15 de Tinta Roriz, 7 de Touriga Nacional, 3 de Tinta Amarela e 1 de Tinta Francisca.
A adega foi construída em 2003 e a equipa de enologia é constituída por Pedero Sequeira, Pedro Carvalho e António Rosas. Foi estre trio o autor do tinto 17% vol., sobre o qual informam que “as castas, Touriga Franca e Tinta Roriz foram cultivadas segundo práticas que respeitam o meio ambiente. Todo o processo, da plantação das cepas à rotulagem, é feito na quinta sob a responsabilidade enológica da firma Duplo-PR. Temperatura de consumo aconselhável: 16ºC. Produto natural sujeito a criar depósito, recomenda-se a decantação. Foram engarrafadas 13.333 unidades.
O vinho apresenta taninos que se sentem bem e uma acidez assinalável, mas com muito álcool, daí que seja servido a 16ºC. Sugestão adequada: o frio atenua a sensação ardente do álcool, bem como torna mais austero o aroma, que é muito focado na fruta. A cor é carregadíssima, como a que, em geral, se encontra nos Porto vintage novos.

Comentários